sábado, 19 de novembro de 2011
Poema para o Apolo no diário de 1996
Fiz o que
me restou fazer
Fiz o que
pouco importa hoje
Era o meu último salto íntimo
no escuro
pelo puro prazer de expressar
o ser pelo imediato fazer
Nunca reneguei de fato
o sonho ou a loucura do querer
Mas era mesmo preciso
tanto sacrifício
tanto início
físico e psíquico
para só então
se chegar ao ululante
óbvio e gritante?
Mas o que importa hoje?
Talvez ter na memória toda a história
Talvez ter na memória tudo que se perdeu
Deus realmente não cria
É só parte da roda
determinante desta imortal agonia.
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