25 of February. 1979.
It was the last sunday of february in 1979 when I saw the unbelievable stealing of my magic surfboard. Why it was unbelievable? Because I swear that I knew how my life would happen and there would never be a stolen magic surfboard. And I would never start drawing like an old master of the Italian Renaissance two years later. It was insane when I was running after my surfboard on that hot sand! I remember images flashing in my mind showing how my life would be… if that surfboard was not stolen. The sucessful carreer as a surfboard designer, two marriages and a extremely happy end of life. There wasn't anything about myself as a reincarnated Michelangelo always remembering Vittoria Colonna's death. At the end of that day, 25 of February, 1979, I knew deep inside myself that I was entering in an entire new universe. I remember how I was scared when I was crying, and a friend didn't understand such despair.
My despair was because of a "feeling" revealing me that surf would not be part of my life anymore. My despair was because of a "voice" telling me, during the running on the hot sand: "you have to understand who you are". I simply knew that the life I was dreaming of was fucked forever. But I was determined to repress the supernatural that was inside myself.
25 of February. 1983.
I don't know what exactly happen in 25 of february, 1983. Maybe it was the day that I read the sentence on the book confirming that I saw Vittoria on the day she died. I became too confused after the remembering of her death on the first week of february. I was in a self-discovering process that would decide my entire life.
The problem about this date, 25 of february, I would find out in1986: it was the consciousness of my guilty about Vittoria Colonna's death. People think that her leadership among the Spirituali group decided her destiny. But the actual situation had nothing to do with Teology. She would have been a very precious figure to the Church as a repentant rebel.
The fact: me and Vittoria were like married. People knew that was her portrait beside Christ on The Last Judgment. People knew that she was a kind of co-author of The Last Judgment. This huge scandal was about to happen when the Church's criminals decided to suppress every related issue by force and violence. Everyone was forced to keep absolute silence or you would face the death penalty.
The scene of her death was a theatrical fake to be shown to Rome's society. The remembrance of my surprise and my reaction in front her dead body revealed the situation and have been haunting me since 1986.
Português:
25 de fevereiro, 1979.
Era o último domingo de fevereiro, 1979, quando o inacreditável roubo da minha prancha mágica aconteceu. Por que era inacreditável? Porque eu juro que sabia como a minha vida iria acontecer e que nunca haveria uma prancha mágica roubada. E eu nunca iria começar a desenhar como um velho mestre da Renascença italiana dois anos depois. Foi loucura quando corria atrás da minha prancha naquela areia quente! Lembro-me de flashes de imagens em minha mente mostrando como seria a minha vida ... se a prancha não fosse roubada. A carreira bem sucedida como designer de prancha de surf, dois casamentos e um final de vida muito feliz. Não havia nada me mostrando como Michelangelo reencarnado e sempre lembrando a morte de Vittoria Colonna. No final daquele dia, 25 de fevereiro de 1979, eu sabia lá no fundo que estava entrando em um universo novo. Eu me lembro do medo enquanto chorava, e um amigo não entendia tal desespero.
O meu desespero era por causa de um "sentimento" que me revelava que o surf não seria mais parte da minha vida. O meu desespero era por causa de uma "voz" que me disse durante a corrida na areia quente: "você tem que entender quem você é". Eu simplesmente sabia que a vida que sonhava para mim estava fodida para sempre. Mas eu estava determinado a reprimir o sobrenatural dentro de mim.
25 de fevereiro, 1983.
Eu não sei exatamente o que aconteceu em 25 de fevereiro de 1983. Talvez tenha sido o dia em que li a frase no livro confirmando que vi Vittoria no dia em que morreu. Fiquei completamente perturbado após a lembrança da morte dela na primeira semana de fevereiro. Eu estava em um processo de auto-descoberta que iria decidir a minha vida inteira.
O problema sobre esta data, 25 de fevereiro, eu iria descobrir em 1986: era a consciência da minha culpa nos eventos que levaram Vittoria Colonna à morte. As pessoas pensam que a liderança dela no grupo chamado Spirituali decidiu seu destino, mas a situação real não tinha nada a ver com Teologia. Ela teria sido uma figura muito preciosa para a Igreja como uma rebelde arrependida.
O fato: eu e Vittoria eramos como casados. As pessoas sabiam que era o retrato dela ao lado de Cristo no Juízo Final. As pessoas sabiam que ela era uma espécie de co-autora do Juízo Final. Este enorme escândalo estava prestes a acontecer quando os criminosos da Igreja decidiram abafar tudo na base da força e da violência. Todo mundo foi obrigado a manter silêncio absoluto ou teria de enfrentar a pena de morte.
A cena da morte de Vittoria Colonna foi uma farsa teatral exibida para a sociedade de Roma. A lembrança da minha surpresa e reação diante do corpo morto dela revelou a situação e isso me assombra a vida desde 1986.
Postagens
